quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

COPA DO MUNDO: O LEGADO E O ALEGADO

                                                      

O legado da Copa é inegável. O alegado é duvidoso. O legado fala por si. Modernas praças esportivas com maior segurança e qualidade para os profissionais do esporte, para servirem ao múltiplo uso, possibilitando shows e outros espetáculos e do ponto de vista do cidadão, maior quantidade  e qualidade dos produtos ofertados. Isso se pensando nos grandes espaços, mas associados a estes, os chamados centros de treinamento também se constituem em legado e podem servir também, a múltiplos usos, inclusive para a formação esportiva. Uma praça esportiva dentro de uma comunidade é sempre uma referência, desde que adotadas as medidas para permitir o acesso da população menos aquinhoada e pode promover desenvolvimento e qualidade de vida, com esporte, lazer, recreação, segurança, cultura e educação. O alegado é que está se gastando demais. Informo aos que são contra que a Copa do Mundo já se pagou. Seja do ponto de vista econômico com o ingresso de aportes de investimentos, seja do ponto de vista do turismo com a lotação dos hoteis e venda de pacotes,seja do ponto de vista da mobilidade urbana que passou a sofer intervenções em problemas que historicamente foram adiados, e setores como educação e saúde também tiveram atenção para que melhorassem sua capacidade receptiva com novos leitos. O comércio em relação a Copa do Mundo fatura antecipadamente e durante o evento. O artesanato em qualquer das sedes da Copa de 2014 vai vender seus produtos. A crítica que alega não existência de legado é a mesma que esquece os problemas que houve na abertura da Copa do Mundo na Alemanha (http://www1.folha.uol.com.br/esporte/folhanacopa/2013/05/1285554-cobertura-de-estadio-das-confederacoes-na-alemanha-tambem-rasgou-com-chuva-em-2005.shtml), dos problemas que houve na Olimpíada na Inglaterra enfim, é impossível predizer que tudo sairá exatamente como o previsto, mas intervenções pontuais podem corrigir aquilo que apresentar problemas.  Fato que precisa ficar claro é que essas pessoas temem – e com razão – que o sucesso da Copa de 2014 sacramente a vitória de Dilma e daqueles que apoiam a sua realização.  Não nenhuma preocupação com o Brasil. Imagine um cenário em que na realização da Copa de 2014 pipoquem ataques com o patrimônio e pessoas: quem ganha com isso? Ou melhor quem estaria por tras disso?  E o resultado da Copa? Se o Brasil perder? Ganhar? Devo dizer que ninguém organiza evento esportivo com compromisso de vitória. No jargão do meio esportivo: futebol é jogado. Claro que existem fatores que são positivos para o selecionado brasileiro: se não temos grandes individualidades, no conjunto, nossos atletas são profissionais de nível em todos os setores do campo, em outras palavras, equilibrado e que aliado a paixão nacional pelo esporte podem significar uma diferença. Sempre fui e sou favoravel as manifestações com objetivos claros e abomino aquelas dissimuladas que se acovardam sob máscaras. O alegado encontra-se disposto na imprensa de países que exploraram suas “colônias” e nunca pensaram e em promover o resgate da dívida histórica promovida. A imprensa daqui se sabe a quem servem, embora faturem – e muito – com a Copa do Mundo, inclusive, criticando.    

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